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Quem atravessou o portão da sua casa?

Como assim, Bia, quem atravessou o portão da minha casa?

Vamos lá! Vire e mexe ouço pessoas dizerem que estão cansadas de se sentirem invadidas – por pessoas invasivas – e entristecidas por não se sentirem respeitadas. Algumas vezes elas só se percebem desconfortáveis com certas presenças, falas, atitudes, brincadeiras...

Aquela pessoa foi chegando, entrando e ocupando espaços que você não cedeu – embora por vezes tenha permitido – e começa a organizar do jeito dela o que não pertence a ela: você!

Você chega a pensar “algo não está certo aqui”, “isso está me apertando” “está doendo”, mas vai se acostumando e deixando como está. Quando você tem uma horta mas não cuida dela com esmero, o que acontece? É isso!

E, não! Não estou aqui querendo culpar você ao invés do intruso ou intrusa. Mas, não se esqueça que a horta é sua. E é prudente que você saiba o que é que pode brotar nela. Aliás, será que por não assumir a responsabilidade e o controle de se proteger e se cuidar é que outra pessoa acha que tem o direito de fazer por você? E será que você sabe o que fazer e como fazer para que ninguém entre portão adentro invadindo seus espaços?

Você já se perguntou “Por que eu tenho dificuldade em exteriorizar meus limites pessoais?

Aí é que mora a questão.

Se você não reconhecer seus limites pessoais saudáveis e tê-los bem definidos e estabelecidos, como você vai saber quem pode ir até o portão, quem pode passar pela porta, quem pode entrar na casa, quem pode transitar pela casa? A casa é sua, meu bem! Cuide dela como se fosse sua!

Observe o desconforto, os pensamentos e sentimentos que aparecem junto com ele. Se pergunte se isso acontece com frequência em relação a mesma pessoa, se ela sabe que te deixa desconfortável e mesmo assim não se ocupa de recuar. Na verdade, até ignora o seu incômodo.


Seja assertiva (o)

Diga com clareza e objetividade o que te incomoda e como você gostaria que as coisas fossem. Ajuste os limites se considerar necessário. É que conversando, você poderá entender as coisas por uma nova perspectiva e considerar ser flexível. Nem sempre as pessoas são más. Às vezes elas só não têm noção mesmo. A forma como ela te escuta e se importa com você, pode mostrar que ela não tem o interesse em continuar te magoando. Você pode dizer “eu não gosto que você faça isso “, “quando você faz isso, não me sinto respeitada (o)”, “não é legal quando você fala assim comigo”. Se isso não estiver claro, os relacionamentos sofrem desgastes evitáveis. Seja relacionamento romântico, profissional, amizade.


Saiba o que é inegociável para você

É preciso que você saiba o que te dá segurança, amparo, paz, tranquilidade, portanto, reconhecer o que é importante para sua própria proteção vai fazer toda diferença para sua segurança emocional, física e intelectual. Aqui entram os limites, crenças e valores que são parâmetros que você adota para a sua própria vida, para sua relação consigo mesma (o), com as pessoas e com o mundo.

Qual o sentido que isso está fazendo para você? O que é inegociável para você?


Se autoconheça

Lembrando que se você não souber com clareza o que é aceitável para você e o que não é, poderá ficar bastante vulnerável ao que te machuca, fere, maltrata. Quando perceber, sua autoestima estará abalada demais e você sentirá ainda mais dificuldade em se proteger. Se cuide. Se conheça. Isso fará muita diferença na sua vida. Quando a psi fala que autoconhecimento é poder, olhe para dentro de você e reconheça o seu poder. Se tiver dificuldade considere fazer psicoterapia. Você irá aprender a identificar melhor seus pensamentos disfuncionais, reconhecer e lidar com suas emoções, se livrar de culpas que te impedem de crescer.


A autoestima

Como o próprio nome diz, ela é a estima por si mesma (os), a capacidade de acreditar em si, de acreditar que é capaz, a consciência do próprio valor, o reconhecimento e aceitação das características pessoais, das qualidades e defeitos. Com ela no devido lugar, o sentimento de autoconfiança e de autoamor se fortalecem.

Com a autoestima baixa se tem pouca consciência de quem se é e das próprias capacidades. O terreno fica fértil para crescer sentimentos ligados a inferioridade, que faz você sentir que tem menos valor do que outras pessoas. Um sentimento que te sabota, que não diz a verdade sobre você, mas que permanece e contribui para transtornos como depressão e ansiedade. Consegue perceber como isso pode influenciar uma atitude mais positiva no sentido de garantir autocuidado?

O psicólogo Nathaniel Branden (1997) diz: “Quando a autoestima é baixa, frequentemente o medo nos manipula. Medo da realidade, à qual nos sentimos inadequados. Medo das verdades sobre nós mesmos – ou sobre os outros – que temos negado, rejeitado ou reprimido. Medo do colapso dos nossos fingimentos. Medo de nos expor. Medo da humilhação do fracasso, e, às vezes, das responsabilidades do sucesso. Vivemos mais para evitar o sofrimento que para experimentar o prazer.” (pág. 77). O que acha de utilizar esse trecho para refletir?

Se você se sentir segura (o) da sua capacidade de lidar com os desafios triviais da vida como o seu viver será afetado? Como será pedir ajuda para quem possa te ajudar quando isso for necessário? Que atitudes internas isso irá gerar em você? Como você irá ser firme na proteção do portão da sua casa?

Branden propõe seis pilares da autoestima, que são: autoconhecimento, autoaceitação, autorresponsabilidade, autoafirmação, intencionalidade e integridade pessoal. Esses pilares são atitudes a se praticar para o desenvolvimento e manutenção da autoestima em nível saudável. Com isso você terá mais propensão a ser independente, flexível, ser mais aberta (o) às relações, se comunicar melhor, se suprir emocionalmente, corrigir seus erros e seguir em frente.

A psicoterapia pode te ajudar a desenvolver estratégias que te ajudem nesse caminhar e a construir um relacionamento melhor com você mesma (o) e com as pessoas com as quais convive. Entre em contato. Vamos conversar.

Se desejar terapia para casais em Campinas, terapia para adultos em Campinas, terapia para adolescentes em Campinas, acesse o link de contato para tirar dúvidas e agendar o atendimento.


“Tenho meus limites. O primeiro deles é meu amor-próprio.”

(Autoria Desconhecida)

Fonte de pesquisa e créditos: NT Franklin por Pixabay



Psicóloga Beatriz de Paula
Pós-graduada em Terapia Cognitivo-Comportamental
Especialista em Sexualidade e Saúde
Terapia presencial para adultos e casais em Campinas
Terapia online para adultos e casais de onde você estiver
CRP: 06/76470

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PS: Um texto pode te inspirar, mas não substitui a consulta com a psicóloga.