“Sim, entendo que você não tem tempo para abastecer o carro, mas se você escolher o tempo que vai precisar parar para abastecê-lo, vai ser bem mais rápido do que o tempo que você vai gastar se parar no meio da estrada sem combustível” (Mazer, p. 98, 2021)
Deixa isso para lá! Não vou falar mais nada. Quantas vezes você escolhe seguir empurrando o lixo para baixo do tapete? Confesso que dificilmente passamos a vida sem fazer isso uma ou outra vez. Uma ou outra vez. Quando é algo recorrente, e se vai empurrando, consegue imaginar como estará quando decidir levantar o tapete e olhar? É como você ver que o combustível está acabando, mas você deixa para abastecer depois... e depois...e depois. Acabou.
Nos relacionamentos é comum que aceitemos algumas coisas em nome da boa convivência. Nem sempre a gente reconhece essa atitude como disfuncional acostumadas e acostumados que estamos em não cuidar dos nossos pensamentos e emoções. Além de que, são tantos os desafios diários, para que um problema a mais, não é? Mas o problema já existe, você só não está olhando para ele. Colocou embaixo do tapete, lembra? Tá se amontoando por lá.
Mas que coisas são essas? Às vezes são as diferenças entre uma e outra pessoa que não foram naturalmente se acomodando na relação e proporcionando equilíbrio para a convivência. Quando um dos pares é mais extrovertido e o outro mais introvertido. Um preza mais pela liberdade e o outro pela segurança. E os ajustes não foram feitos, causando desequilíbrio na balança. O foco no negativo é dado, e com isso, o desconforto tende a prevalecer. O casal se separa. Ou permanece em um ambiente tóxico enquanto não lidar de frente com suas questões problemas.
Você está vivendo um momento assim? Se sente à vontade para expor o que pensa e sente para o seu parceiro ou parceira? Vale alertar que em um relacionamento saudável não há espaço para o medo de se posicionar, não há domínio de uma pessoa sobre a outra. Há liberdade para se expressar e essa expressão é feita de forma respeitosa. Existem desacordos, discussões? Existem. Elas são como a luz amarela que se acende, mostrando que é preciso ter atenção a alguma coisa. Mas não ultrapassam o limite do respeito que é um dos pilares do relacionamento saudável.
Se esse limite for ultrapassado ou perceber que está na iminência de ser, considere iniciar uma terapia para casais. Uma boa parte das vezes, quando o casal melhora a forma como se comunica, consegue resolver questões problemáticas da convivência, conseguem fazer melhores escolhas e tomar melhores decisões para suas vidas. Uma dica é tirarem um tempo para ler juntos algum livro que os ajudem a refletir sobre suas próprias posturas, seus gostos e necessidades. Um livro interessante é As cinco linguagens do amor, de Gary Chapman, que você pode adquirir através do link: Comprar As cinco linguagens de amor
A leitura em si não irá resolver os problemas, mas pode colocar o casal diante de reflexões e questionamentos que os ajudem a lidar e a resolver alguns dos problemas que estão fazendo parte do cotidiano desse casal. Que as pessoas são diferentes, a gente sabe. E como a gente faz para que essas diferenças não façam a gente achar que é impossível conviver com quem escolhemos dividir a nossa vida? A forma de comunicar pode ser um ponto de partida. Como comunicamos o que desejamos? Sabemos com clareza o que desejamos? Como me sinto amada (o) e valorizada (o)? Há uma importância imensa em dividir essas questões com ela ou com ele e conversarem sobre isso com mais leveza. Abrirem espaço para falarem de outros pontos, construírem uma conexão melhor, um vínculo melhor, uma convivência melhor.
A terapia para casais funciona como uma ferramenta para favorecer que o diálogo entre o casal aconteça de forma respeitosa e construtiva. Alguns casais evitam buscar essa ajuda por temerem que haverá confronto em suas posições, que haverá contestação de suas convicções, ficam com medo de haver piora no quadro. Repetem o comportamento de ver o problema e jogar embaixo do tapete. Mas como lidar com um conflito sem expor as ideias, confrontá-las ao mesmo tempo em que aprende a fazer isso com o objetivo de chegar a um cenário mais viável, transparente, estável? Além de que, cabe a (ao) profissional ajudar a organizar o diálogo para que flua de maneira funcional. Lembrando que o papel da psicóloga é o de uma mediadora, não cabendo o papel de uma juíza. O que a profissional faz é buscar uma ampla compreensão dos indivíduos desse contexto, da relação entre eles, para investigar pontos de confluência para ponderar sobre o acordo, a negociação e a solução do (s) conflito (s). Os casais saem com muitos aprendizados e mais fortalecidos dessa experiência. Aprendem que é uma ferramenta que podem utilizar sempre que desejarem e em todas as fases da vida.
Se você deseja fazer terapia para casais em Campinas, eu desenvolvo meu trabalho baseado na Terapia Cognitivo-Comportamental. De acordo com Fisher e Rangé (2008): “Pode-se afirmar que os principais objetivos da terapia cognitivo-comportamental, no tratamento de casais em conflito, são as reestruturação de cognições inadequadas, o manejo das emoções, a modificação de padrões de comunicação disfuncionais e o desenvolvimento de estratégias mais eficazes para solução de problemas cotidianos (e.g., Beck, 1995)”.
Cabe sempre colocar que fazer terapia não é sinal de fraqueza, mas sinal de maturidade para buscar ajuda quando se faz necessário. Ninguém tem a obrigação de saber tudo e vivemos durante muito tempo sem dar o devido valor para as questões emocionais e mentais. Hoje temos muito mais acesso a informação de qualidade e a profissionais de qualidade para nos ajudar a lidar com nossas dificuldades. Se a gente procura uma dentista quando sente dor de dente, deve ser natural procurar uma psicóloga quando temos dores nos nossos relacionamentos. O processo de terapia é um processo que deverá transcorrer com muito respeito e sigilo por parte da profissional. A confiança desenvolvida é necessária e fará colher bons frutos no trabalho realizado nessa pareceria casal e psi. Há casos em que a terapia individual será necessária. Existem questões individuais que podem contribuir para o surgimento ou intensificação dos problemas do casal.
Se esse texto fez sentido para você, entre em contato para agendar sua sessão e iniciar uma trajetória mais adaptativa e hormônica para você e seu relacionamento. Como psicóloga, acredito que a melhor maneira de viver um relacionamento feliz é fazendo prevalecer o respeito e a saúde dele. Não espere chegar no pior momento. A prevenção é sempre a melhor decisão.
Psicóloga Beatriz de Paula
Pós-graduada em Terapia Cognitivo-Comportamental
Especialista em Sexualidade e Saúde
Terapia presencial para adultos e casais em Campinas
Terapia online para adultos e casais de onde você estiver
CRP: 06/76470
PS: Um texto pode te inspirar, mas não substitui a consulta com a psicóloga.