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Terapia de adultos na abordagem da Terapia Cognitivo Comportamental



A vida está em constante mudança e da mesma forma exige a todo instante que a gente mude e é esta flexibilidade psicológica que buscamos na terapia. Como diz Riso (2018) “Uma mente que funciona bem estará sempre ativa e comprometida com uma transformação profunda do eu.” (p.183). O contrário disso, uma mente rígida, é que muitas vezes acaba causando um sofrimento emocional.

É comum as pessoas não saberem manejar emoções que consideram aversivas como o ciúmes, a raiva e para isso trabalhamos em terapia com o manejo de afetos, para que a pessoa não tenha comportamentos autodestrutivos, mas sim o manejo certo, que quando praticado em longo prazo, acaba trazendo uma sensação de equilíbrio e bem estar.

A Terapia Cognitivo Comportamental funciona para uma ampla gama de transtornos mentais, problemas de adaptação e tem se preocupado desde seu início com uma psicologia baseada em evidências, ou seja, com práticas que tenham comprovação científica. (WENZEL, 2018).

A terapia começa na relação terapêutica. É importante que o paciente se sinta acolhido, compreendido e perceba que o espaço de terapia é um lugar não julgador, onde sua individualidade é ouvida e respeitada. Considero que em meio a muitos profissionais de psicologia ser escolhida para ajudar, aliviando a angústia de um paciente é uma atribuição que temos que honrar com muito carinho.

As primeiras sessões são o momento no qual conhecemos a história de vida do paciente, suas lembranças passadas marcantes, seu histórico de saúde, fatos de sua rotina e os questionamentos que o levaram a buscar a terapia neste momento de vida. Nesta ocasião buscamos dar o retorno sobre o que o paciente falou, incluindo os sentimentos que demostrou e confirmar que tudo se passou da maneira que percebemos.

Durante o período de avaliação, acredito ser importante também observar os comportamentos adaptativos e saudáveis, destacando esses pontos fortes como um reforço desses comportamentos na vida do paciente.

Depois de serem identificadas as necessidades do paciente, buscamos nas técnicas da terapia cognitivo comportamental as sugestões que possam ajudá-lo na resolução de seus problemas e definimos os planos e metas que iremos usar para alcançar os objetivos definidos conjuntamente.

Na Terapia Cognitivo Comportamental o processo é construído conjuntamente, pois sem o engajamento do paciente em fazer as atividades combinadas em terapia para a semana, o progresso da terapia fica comprometido. Desta forma, é importante que o plano de tratamento seja decidido colaborativamente, de forma que o paciente se sinta confortável com a intervenção proposta.

Um dos diferenciais da terapia cognitivo comportamental é que as sessões são estruturadas, isto significa que além do paciente falar dos fatos relevantes que aconteceram na sua semana, é definido uma pauta relacionada aos objetivos da terapia e recomendado que faça atividades como tarefas durante a semana. Também é um diferencial ser limitada no tempo, com início, meio e fim determinados de acordo com cada caso.

Entende-se que a pessoa mudar a forma como pensa e age, mudará em última análise, a forma como se sente. Através da modificação de crenças disfuncionais e conhecimentos adquiridos ao longo do processo de terapia, o paciente se torna capaz de resolver seus problemas com maior eficácia.

Por fim, a terapia cognitivo comportamental entende a importância de conhecer a história passada do paciente, mas suas técnicas visam aumentar sua capacidade de enfrentar desafios e desapontamentos que podem mudar a sua vida no presente. Acreditamos na capacidade dos indivíduos de realizar mudanças em suas vidas, e igualmente, a aceitar aspectos dos quais não se tem controle.

Seu objetivo final, e entendo como um propósito da minha vida, é melhorar aquilo que é possível na condição humana.


Referências Bibliográficas: Wenzel, Amy. Inovações em terapia cognitivo-comportamental: intervenções estratégicas para uma prática criativa.– Porto Alegre: Artmed, 2018. Riso, Walter. A arte de ser flexível. L± Edição de bolso. 2018.


Aline Strejevitch Reckziegel
Psicóloga - CRP 05/36406
Formação em Terapia Cognitivo Comportamental pelo CPAF-RJ
Pós-graduada em Gerontologia pela UFRGS - RS
Atendimento clínico de adultos e idosos.
Instagram: @psialinesr
Contato: (21)96711-6686


PS: Nenhum texto substitui a consulta com a psicóloga.