Como amplamente divulgado nas mídias, a população com mais de 60 anos cresce exponencialmente, e com maior acesso a recursos de qualidade de vida, médicos e tecnológicos tem aumentado também a expectativa de vida desta população.
O atendimento psicológico e as técnicas utilizadas com idosos é semelhante as outras etapas de vida, mas é necessário respeitar as características individuais e quando necessário, fazer adaptações de acordo com cada caso. Se o idoso apresenta, por exemplo, uma lentificação na aprendizagem se faz necessário um manejo mais lento.
A psicologia entende que a velhice é uma etapa do desenvolvimento humano que assim como as outras, é vivenciada com perdas e ganhos. O declínio físico seria um exemplo de perda e a sabedoria, como a capacidade de uma resposta emocional mais branda e acomodativa, um exemplo de uma vantagem desta etapa de vida.
O envelhecimento é vivenciado de maneira diversas, dependendo de questões econômicas, sociais, dieta, estilo de vida, exercício, exposição a eventos estressantes, educação e alguns traços de personalidade, exercício de papéis, dentre outros aspectos.
No atendimento de idosos, é trabalhado para que se encontre um equilíbrio entre a consciência e aceitação de possíveis perdas físicas e uma avaliação excessivamente negativa por parte dos idosos. As crenças pessoais de cada um sobre a velhice interferem na maneira como é vivenciado esta etapa.
Faz parte do processo terapêutico, estimular a autonomia e a autoeficácia para que o idoso mantenha o senso de controle pessoal, com empatia diante de possíveis limitações, e que tenha resiliência diante do novo momento de vida.
Diante da lacuna de diferença de gerações, é importante conhecer a realidade sociocultural, de papéis e de estilo de vida do idoso, pois esse conhecimento ajuda em uma compreensão mais ampla da sua realidade e as possíveis questões trazidas para a clínica.
O foco maior do trabalho terapêutico é na resolução de possíveis problemas ou na manutenção do funcionamento saudável e do bem estar. O fortalecimento emocional fornecido pela psicoterapia, assim como uma rede de apoio protetiva, são fatores que ajudam diante de perdas inevitáveis de pessoas próximas, assim como nos processos de adaptação.
Alguns fatores que ajudam o profissional no trabalho com os idosos é ter uma postura positiva, flexível e de bom humor, e para isso, o conhecimento técnico prévio desta população é importante.
Para Kahn (1997) envelhecimento bem sucedido é quando o idoso tem ausência de doenças, incapacidade e fatores de risco, manutenção do funcionamento físico e mental e envolvimento ativo com a vida. Com o acesso as medidas de prevenção para uma melhor qualidade de vida, este envelhecimento bem sucedido tem sido possível para uma parcela maior da população.
Por fim, o curso de desenvolvimento dos seres humanos influencia e são influenciados por eventos genético-biológicos, socioculturais e psicológico, e o atendimento psicológico pode auxiliar por toda a vida, inclusive no envelhecimento.
Referência Bibliográfica:
Neri, Anita Liberalesso. Palavras chaves em Gerontologia. Editora Alinea, 2005.
Terapias cognitivo-comportamentais com idosos: organizado por Eduarda Rezende Freitas, Altemir José Gonçalves Barbosa e Carmen Beatriz Neufeld. Editora Sinopys, 2016.
Aline Strejevitch Reckziegel
Psicóloga - CRP 05/36406
Formação em Terapia Cognitivo Comportamental pelo CPAF-RJ
Pós-graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental pela UniAmérica - BA
Pós - graduada em Gerontologia pela UFRGS – RS
Atendimento clínico de adultos e idosos.
Instagram: @psialinesr
Contato: (21)96711-6686
PS: Nenhum texto substitui a consulta com a psicóloga.