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O impacto das redes sociais na saúde mental dos adolescentes

As redes sociais mudaram a maneira como as pessoas se comunicam e divulgam informações.

Por meio dessas mídias, é possível compartilhar informações pessoais com uma comunidade mais ampla.

Uma das redes sociais mais populares entre os adolescentes é o Facebook.

Vários estudos relacionaram o uso do Facebook a efeitos positivos como a satisfação da autoestima, uma melhora na qualidade das amizades já existentes e uma percepção de maior bem estar.

No entanto, há também estudos que encontraram resultados opostos, onde demonstram consequências negativas relacionadas ao uso do Facebook. Segundo pesquisadores da Ottawa Public Health, no Canadá, o uso frequente de redes sociais está associado a problemas de saúde mental em adolescentes.

Eles descobriram que estudantes que passam mais de duas horas por dia em redes sociais tinham índices mais altos de ansiedade, depressão, pensamentos suicidas e outros problemas de saúde mental.

Outra descoberta relatada por estudiosos é que as pessoas que usaram o Facebook com mais frequência referem que outros são mais felizes e vivem melhor do que elas.Então, para um jovem que já se sente inseguro sobre a própria aparência, passar tempo demais vendo fotos manipuladas e consideradas ‘perfeitas’ só potencializa essa característica.

Porém, os efeitos psicológicos negativos estão principalmente relacionados à maneira como as pessoas usam o Facebook, e não à própria rede social. Eles acreditam que para a maioria das pessoas essa rede não tem consequências positivas ou negativas, mas para alguns, o uso do Facebook pode ser uma forma inadequada de escapar de problemas ou aliviar sintomas depressivos.

Os hábitos ruins que podem prejudicar o desenvolvimento emocional e social são vários: a contagem de curtidas, necessidade de autoafirmação por meio de fotos e legendas e constante [e1]necessidade de checar suas notificações para buscar novas interações.

A adolescência é uma fase cheia de mudanças. A busca por aceitação e o desejo por pertencimento a um determinado grupo é mais intensa, o medo da rejeição se faz muito presente.

Para alguns autores, adolescentes com baixa autoestima passam mais tempo nas redes sociais como um comportamento por busca de compensação social, ou seja, indivíduos que já vivenciam dificuldades nas relações sociais assim como indivíduos socialmente ansiosos e introvertidos, estão mais motivados a usar as redes para compensar suas interações presenciais insatisfatórias.

Por isso, é importante investigar as características individuais que podem prever comportamentos on-line nocivos e estar sempre observando se o adolescente apresenta alterações de comportamento.

Os pais ou responsáveis podem auxiliá-lo a desenvolver ferramentas interessantes de [e2]como utilizar de forma saudável as redes sociais; e para que essa ajuda seja possível, um bom diálogo entre pais e filhos é essencial.

Algumas dicas para ajudar o adolescente a utilizar as redes de maneira mais saudável é estimular o jovem a controlar seu tempo nas redes, orientar para que ele não se exponha em excesso, respeitar sua privacidade, ensiná-lo a lidar com possíveis comentários negativos, observar o humor dele antes e depois do uso das redes sociais e orientá-lo a não comparar sua vida com as falsas realidades expostas nas redes.

Ao perceber sintomas como irritabilidade, estresse, depressão e queda no rendimento escolar, é hora de conversar com seu filho e, sempre que precisar, procurar uma ajuda profissional.

A psicoterapia é um auxílio importante na hora de enfrentar as questões que geram mal-estar na adolescência, independentemente da gravidade do problema. Ela amplia o autoconhecimento e oferece os recursos necessários para que a pessoa possa cuidar da qualidade de seus relacionamentos, tanto presenciais como virtuais.

Redes sociais podem trazer grandes benefícios se bem utilizadas e com a ajuda dos pais e de profissionais qualificados, os adolescentes poderão usufruir desses benefícios com segurança.


Referências Bibliográficas

Kalpidou M., Costin D., Morris J. (2011). A relação entre o Facebook e o bem-estar de estudantes universitários. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking

Toma CL, Hancock JT (2013). A autoafirmação é a base do uso do Facebook. Personality and Social Psychology Bulletin


Vanessa Cristina Prestes
Psicóloga - CRP 06/79611
Formada em Psicologia pela UNIMEP - Universidade Metodista de Piracicaba- 2004
Perita da Justiça do Trabalho desde 2006
Especialização em Psicanálise Clínica pela WCCA-Campinas
Especialização em atendimento de crianças e adolescentes pela WCCA-Campinas
Formação em Coaching de Emagrecimento Consciente pelo Instituto Health
Atendimento Presencial e Online
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PS: Nenhum texto substitui a consulta com a psicóloga.