Esqueça as lendas e entenda como essa palavra pode mudar o seu conceito
Até pouco tempo, confesso que eu não simpatizava muito com a palavra empoderamento. Talvez porque ela tenha vindo do inglês “empowerment“ e eu prefira palavras do idioma português. Talvez porque seja comprida, ou porque pareça uma masculinização de feminilidade. Isso sempre conta nas nossas decisões, que no fundo, são emocionais.
Por um tempo, vi a palavra ser banalizada pela mídia dizendo que tal atriz estava empoderada com determinada roupa ou sapato.
Aí que entendi que eu não gostava era de ver esse poder feminino sendo subutilizado apenas como adereço.
No fundo, empoderamento feminino é algo que tem apoio até da ONU (Organização das Nações Unidas), que tem um documento chamado “Os Princípios de Empoderamento das Mulheres” para mostrar às empresas e comunidades como dar poder às mulheres (link: http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/cartilha_WEPs_2016.pdf).
Muita gente é a favor da igualdade de gêneros, mas não sabe que ao empoderar uma mulher, está contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária. Quanto mais poder as mulheres tiverem sobre suas próprias vidas, mais benefícios toda a sociedade vai ter. Entender isso, muda tudo.
Quando eu comecei a trabalhar com Coaching para Mulheres, comecei a olhar para essa palavra e todos os seus significados como poder, e não apenas como a tradução do inglês, que seria “fortalecimento”.
Isso fez muita diferença, porque empoderar uma mulher vai muito além de fortalecê-la. Quando uma mulher fica mais forte, ela fortalece outras mulheres.
Mas falando individualmente, o sonoro empoderamento de uma mulher, quando vem de dentro para fora, é algo precioso que ela dá a ela mesma. Ela se conhece, reconhece suas forças e fraquezas mais profundas, se aceita, se ama, se admira e esse processo dá a ela a o acesso à segurança e à autoconfiança que ela sempre buscou fora.
Uma vez que a mulher encontra essa trilha neural e a reforça, entra num caminho sem volta. E isso é incrivelmente poderoso. Acho até que vem daí aquele sentimento de se tornar a Mulher Maravilha, que algumas relatam.
Como você deve imaginar, os problemas não acabam e nem ficam menores. O que acabam são os dramas de vitimismo porque começam as lutas para mudar o que não está certo. Uma mulher ciente de seu poder, não aceita ser tratada como algo de pouco valor.
E uma coisa vai puxando a outra: ela se valoriza e não precisa mais de tanta aprovação alheia. Isso é libertador, no entanto, preciso advertir que nem todos gostam dessa nova versão da mulher.
Se bem que isso não é problema, porque a mulher empoderada sabe como vencer a timidez, não para competir com outras ou outros, mas para garantir que seus direitos sejam respeitados.
Aliás, ela também fica mais esperta na hora de escolher onde deve gastar ou não a sua energia. E se a briga não valer à pena ela nem perde o seu tempo.
Falando em tempo, ele é sagrado para ela. Ela sabe como vencer a solidão, não apenas porque é ciente do quanto é interessante, mas porque é a melhor companhia para si mesma.
Quando ela quer ser mais produtiva, não é por medo da concorrência no trabalho, mas para aproveitar melhor o tempo e alcançar objetivos.
Dentre tantas coisas que ela aprende, ao se reconhecer profundamente como a pessoa mais importante da sua vida, ela aprende a aprender. E quando ela aprende isso, ela se torna o que ela quiser. Até uma princesinha delicada, quando essa for a sua vontade.
Dizer “Não” deixa de ser um problema para se tornar uma ferramenta de gestão de tempo; ela decide se deseja a maternidade, segundo os seus valores e nunca mais se importa com que os outros vão dizer.
E se ela tiver filhos, ser uma mãe melhor deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma conquista pessoal.
É claro que ela ainda vai ter aquelas dúvidas que a maioria de nós tem, como conciliar trabalho e filhos dentro do que é possível na maternidade real; como ter um relacionamento feliz; como ter uma conversa difícil com um cliente, uma pessoa da família ou numa reunião de trabalho e tantas outras dúvidas quanto um ser humano complexo pode ter.
Complexidade é uma palavra-chave nessa mudança toda. Porque ao mesmo tempo em que a mulher empoderada ganha autoestima e poder pessoal; ela ganha um leque de oportunidades que antes ela não enxergava.
E, como ela agora é um ser humano mais sofisticado, não vai ser convencida por qualquer desculpa ou dar atenção à sua própria preguiça.
E isso é um convite ao que na minha opinião está no mais alto nível de empoderamento: a autorresponsabilidade no crescimento contínuo, que muda a vida da mulher e das pessoas com quem ela convive, em uma verdadeira corrente do bem.
Quer saber como ser uma mulher empoderada?
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Tatiana Penerari
Publicitária e Coach especialista em Táticas de Comunicação